Família é uma coisa engraçada. Quando era criança, adorava os tios, os primos, as reuniões. Mais tarde, na adolescência, família pra mim era programa de índio a ser evitado a todo custo, exceto se houvesse alguma chance de alguém interessante para paquerar. Foram anos longe dos parentes adultos.
Hoje, a família volta a ser importante. Os rituais de Natal e Páscoa, por exemplo, parecem exigir a presença dela. Uma família fragmentada, que quase nunca consegue se reunir inteira. Nem o núcleo principal, muito menos a galera toda. E aí a gente vai tentando juntar os caquinhos, tentando se reconciliar com um novo formato, para manter a tradição.
Nesta Páscoa, fiquei feliz de conseguir um pouco disso. Almoço com pai, café da tarde com avó, domingo com mãe, sogra, irmão, cunhada. E, para coroar, enquanto eu tricotava, ela resgatava um bordado, abandonado há muitos anos. Foi um belo feriado em família, ou em famílias. Mesmo meio bagunçada, ainda bem que ela existe.
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2 comentários:
nem me fale... nossa geração (como sou beeeem legal vou incluir nós dois na mesma, hehehe) tem um desejo grande de família, acho que pq somos muitos filhos de uma geração divorciada. adoro tb quando acontece esse tipo de momento em que tá todo mundo reunido. ê!
tem aquele tio que bebe demais. e aquele que sempre foge da festa. tem o outro que fica te chamando de gracinha. e a avó que comenta sua falta de namorados. tem a mãe que não para de falar. e o pai que fica te fazendo perguntas sobre coisas que você nunca viu na faculdade (claro, era publicidade e não informática!).
...passei dias tentando escrever algo sobre seu post, mas não consegui.
acho que hoje estou sentindo falta da minha :)
beijo querida!
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