21.12.06

Se você passar por aqui nesses dias...



... receba os votos de um Natal muito fofo e aconchegante, e um Ano Novo mais do que vibrante.

14.12.06

Medo do povo

Ontem foi mais um dia de apresentação do espetáculo de Natal do HSBC, no calçadão da rua XV. Estava previsto para as 21 horas, mas antes das 20 horas já tinha gente chegando. Nesse momento, as lojas da quadra do Palácio Avenida, que nesta época costumam ficar abertas até às nove da noite, começaram a fechar as portas.

Vou até o Lucca Café da rua Ébano Pereira, quase esquina com a XV, para fazer um lanche. Pretendo ficar ali até o término da apresentação, esperando pelas pessoas que estão comigo e que vão assisti-la. Já vi esse ano, estou cansada, não quero ver de novo.

Uma faixa na entrada do café anuncia que os pratos de almoço podem ser pedidos a qualquer hora do dia, das 8h às 21h. “Oba”, pensei. Se a cozinha fica aberta até às nove, talvez o café só feche mais tarde. O ambiente é legal, posso ficar sossegada, lendo uma revista e tomando um espresso, enquanto aguardo o fim do espetáculo.

Peço um queijo quente delicioso. Devoro, estou com fome, peço um segundo. “Não é possível, senhora, a cozinha já está fechada”, diz o garçom. Olho para o relógio, ainda não são 20h30. “Como assim? A faixa diz que vocês servem almoço até às 21h, a cozinha não pode ter fechado”. Recebo uma desculpa esfarrapada do rapaz e ele se retira.

À medida em que aumenta o número de pessoas lá fora, chegando para prestigiar um dos mais famosos eventos de Natal do Brasil, o Lucca Café vai descendo suas portas. Minha mesa e mais umas cinco outras começam a sentir aquela pressão para ir embora. Pretendo ser a última a sair, só de raiva. Enfim, já perto das 21h, não agüento o mal-estar e saio indignada.

De acordo com a faixa exposta lá fora, ainda poderia pedir um flié mignon, se quisesse. Claro, desde que não seja uma noite em que o povo está na rua. Parece que o Lucca Café tem medo do povo. Prefere fechar suas portas e frustrar seus clientes do que se preparar adequadamente e aproveitar o grande fluxo de pessoas que circula por ali.

Um receio que as lojas vizinhas ao café, Aliança Móveis e a Lojas Americanas, não têm. Talvez porque elas estejam acostumadas a lidar com o povo, coisa que o Lucca Café parece não saber. Elas aceitam o cliente e seu dinheiro, não importa se a classe é A, B, C, D ou E, se vêm do terminal da Praça Rui Barbosa ou do estacionamento em frente.

Pois bem, nessa noite, quem me recebeu bem foi a Lojas Americanas. Das 21h às 22h eu passeei pela loja, aproveitei a promoção de CDs, conferi as novidades em cosméticos e comprei álbuns de fotos que estava procurando faz tempo.

Deixei algum dinheiro lá dentro, algo que o Lucca Café da rua Ébano Pereira não vai ver tão cedo.

30.11.06

Ain't there one damn song that can make me break down and cry?

Se não for a música que eu mais gosto nessa vida, está entre as top ten. E David Bowie cantou ela na TV no ano em que eu nasci. Destaque para a voz rouca, os solos de sax e o backing vocal.

27.11.06

Magérrima

Ana Carolina Reston, aquela modelo de 21 anos que morreu de anorexia, conseguiu postumamente o que desejava enquanto estava viva: fama. Mereceu uma reportagem de capa da revista Caras desta semana.

Lembrei de um cartaz antigo de uma campanha contra o cigarro. Um esqueleto está fumando, com o pé sobre um caixão. O texto do cartaz é algo assim: “Nossa, como você emagreceu!”.

Talvez a referência tenha vindo à cabeça porque, de certa forma, havia razão na obsessão de Ana Carolina. Ela realmente só conseguiu se destacar como modelo depois de emagrecer o suficiente – o suficiente para morrer.

E agora que ela está bem magrinha, só pele e osso e daqui a pouco nem isso mais, as revistas passaram a colocá-la em seus editoriais. E as pessoas vão comprar essas revistas. E a diferença entre nós e um bando de urubus vai ficando cada vez menor.

25.11.06

Rock brasileiro

De Nora Ney a Wander Wildner, da Rua Augusta ao Rio Guaíba, um intensivão sobre a história do rock no Brasil.

23.11.06

ATB

Sim, sou da RMG, parte da JWT, que pertence ao WPP. Atendemos HSBC, com trabalhos B2B e B2C.

Apesar de tudo, me considero uma mulher por extenso.

Para mulheres que gostam de coisas grandes




Olha que legal!

Essa eu vi no http://www.updateordie.com (e lá tem o link para o lugar de origem). Finalmente alguém pensou nas mulheres de bolsas grandes.

O lado mais alto do encosto impede que a bolsa encoste no chão. O vão no assento impede que os garçons fiquem jogando sua bolsa de um lado para o outro.

17.11.06

Tchau

Ela era uma daquelas mulheres ativas, inteligentes, seguras de si. Nem por isso deixava de ser muito charmosa e feminina.

Tem duas coisas que eu lembro bem dela: uma é que ela dizia ter amamentado a filha durante dois anos, a outra é a viagem que fizemos a Guaraqueçaba. Ela estava com a filha em um Palio e eu com minha amiga em um Uno Mille. A estrada de terra não intimidou-a nem um pouco. Pisou fundo no acelerador e manteve um bom ritmo até lá. Só acelerei para não ficar atrás. Ela era muito mais corajosa do que eu.

As duas coisas parecem não ter nada a ver, mas para mim exemplificam as duas facetas da sua personalidade. O lado mãe e o lado destemido, aventureiro.

Ontem ela se foi. Fazia anos que eu não a via. É uma pena que a gente perca o contato com as pessoas. É uma pena que eu não tenha tentado falar com você, mesmo sabendo que você estava doente. Fique em paz e reze por nós.

13.11.06

As cinco melhores coisas que podem acontecer a um redator

1) Texto elogiado pelo diretor de criação
2) Texto aprovado integralmente pelo cliente
3) Texto que vira bordão popular
4) Texto que a revisora não encontra defeito
5) Ganhar prêmio por anúncio all type

15.10.06

Criatividade "requentada"

Tem se falado muito em "crise da publicidade" ou "crise da criação publicitária". Acho que essa crise tem a ver com os novos meios, com a nova maneira pela qual os consumidores se relacionam com as marcas e com as mídias. Mas também parece ser uma crise de conteúdos, de idéias.

Tudo bem, a gente sabe que nem sempre o cliente ajuda. Às vezes a agência tenta, mas o anunciante faz do jeitinho dele. E aí acontecem umas "coincidências", umas "referências" explícitas demais.

Esses dias tinha um outdoor de uma concessionária Citröen com a chamada "Quem compara compra Citröen". A idéia, segundo o dono da agência que veiculou esta peça, era mostrar a relação custo-benefício do carro. Só que essa chamada é idêntica a um slogan da Consul, utilizado na segunda metade da década de 1990, talvez em 1996 ou 1997: "quem compara compra Consul".

Abordar a relação custo-benefício é informação de briefing, é USP (unique selling proposition). Agora, o COMO abordar esse aspecto, é da alçada da criação publicitária. A chamada, portanto, por mais banal que seja, por mais que pareça apenas "um argumento de venda", tem recursos de criação. Utilizá-la novamente é uma falta de, digamos, trabalho de criação (para não dizer outras coisas).

A Gazeta do Povo também faz dessas. A estratégia deles é mais sutil, mas a gente nota de onde vêm as "idéias" presentes na comunicação do jornal.

A Folha de S. Paulo tem um ratinho como mascote de seu serviço de classificados. A Gazeta lançou um coelhinho para o mesmo "cargo", bem parecido com o roedor paulistano, por sinal. Agora, o jornal curitibano está usando um casal nos comerciais de assinatura - estratégia parecida com a campanha Paulo e Bia, do Estadão, vencedora de vários prêmios de marketing direto.

A diferença é que, na campanha do Estadão, as pessoas podiam votar em quem vendia melhor: o Paulo ou a Bia? Na campanha da Gazeta não existe essa interatividade.

Porém, é preciso reconhecer que, apesar de a idéia não ser original, os atores estão ótimos.

8.10.06

Entre a cruz e a caldeirinha

Eu votei no Alckmin. Não foi uma escolha de coração, muito convicta, mas era meu preferido entre as opções. Entre ele e o Lula, o governador de São Paulo me pareceu o melhor. Tenho a percepção de ser um cara sério, preparado. Mas depois que ele fechou um apoio com o casal Garotinho, começo a questionar minha opção.

E então, o que fazer no segundo turno?

De um lado, um presidente que não toma uma atitude exemplar em relação ao que tem a ver com ele nesses escândalos todos. De outro, um candidato que se torna arrogante depois que vence o segundo turno e recebe apoio de gente reconhecidamente corrupta e desclassificada. Fica difícil, né?

O que mais me dá pena é que, se o Lula não ganhar, vai ficar no ar a idéia de que nenhum candidato popular, fora dos círculos tradicionais do poder, tem condições técnicas ou morais de governar o Brasil. E isso não é bom.

Lastimável. Espero que algo aconteça nessa segunda fase da campanha para facilitar minha escolha.

20.9.06

A outra

Um dos maiores erros que as mulheres cometem é ficar com homens que não querem nada sério com elas e, mesmo assim, alimentar a esperança de que um dia eles possam mudar de idéia.

Já entrei nessa roubada algumas vezes. Comigo eles nunca mudaram de idéia. Talvez outras mulheres tenham tido mais sorte.

Graças a Deus, passei dessa fase. Estou abstêmia desse tipo de equívoco a alguns anos*. Mas, de repente, me pego sentindo a mesma coisa. Uma sensação de estar deslocada, um gosto amargo na boca, um sem-jeito de encarar as pessoas. E não é por causa de homem.

Dou para mim mesma o conselho que ouvi algumas vezes e repeti outras tantas: quer encarar um esquema sem compromisso? Então aproveite do jeito que as coisas são, não tente mudar. E na hora de se retirar, saia de cabeça erguida, com a atitude madura de quem encara as situações como experiência e vive o momento presente, e não as expectativas do futuro.

Pena que a gente não dá bola para os conselhos...

* A frase correta é "Estou abstêmia desse tipo de equívoco FAZ alguns anos", conforme a Helena e Anonymous fizeram a gentileza de observar.

16.8.06

Compare antes de votar

No site http://perfil.transparencia.org.br, preparado pela ONG Transparência Brasil, você dá para conferir a ficha corrida de "suas excelências", os candidatos à Câmara dos Deputados nas próximas eleições.

Como sugeriu um colega aqui do trabalho, bem que poderia ter aquele mecanismo de comparação, como nos sites de vendas pela internet...

22.7.06

No Rio

Viajar de carro de Curitiba para o Rio é muito bom. 12 horas até chegar aqui. Mas a estrada é boa, a comida das paradas também. Em São Paulo, uma dica: ao invés de entrar na cidade, o melhor é pegar o Rodoanel Mario Covas. Depois, seguir pela Castelo Branco até a saída 24 (placas de São Paulo e Osasco). Sai na marginal do Tietê, evita a Francisco Morato.

Ah! Acabei de experimentar três cervejas "Devassa": loira, ruiva e escura. Fico com a do meio. Confira: www.devassa.com.br. E o lugar que serviu foi o Bibi. Crepes, saladas, sucos e lanchinhos - além de cervejas, em Copacabana, na Miguel Lemos (www.bibiemcasa.com.br).

29.6.06

A postura e a oração, o meio e a mensagem

O yoga é uma forma de auto-conhecimento a partir do corpo. Apesar de não entender muito os fundamentos dessa prática, sinto e acredito nos benefícios. Quando a professora explica alguns aspectos filosóficos do yoga, a compreensão destes benefícios aumenta.

Esses dias, enquanto estávamos em uma determinada postura, ela falou sobre a oração. Nos colocamos em postura para fazer uma espécie de oração. Porém, a própria postura é oração. E quando ela falou isso, minha mente disparou na lembrança de outra formulação muito semelhante: "o meio é a mensagem", o clássico postulado de McLuhan.

Qual a relação entre as frases? Talvez seja algo básico e simples, até intuitivo. O que a gente às vezes acha que é só caminho, que é só meio para se chegar a algo ou a algum lugar, na verdade já é isto e já está lá.

Assim como a comunicação. Damos pouca atenção ao meio, nos preocupamos muito com a mensagem, e às vezes a mensagem diz uma coisa muito diferente do meio. O que falamos (mensagem) não combina com o que fazemos (ação realizada com o corpo, ou seja, meio).

Mas para a postura ter efeito de oração, eu não devia estar com a mente tão alerta a ponto de ficar lembrando de McLuhan na aula de yoga.

26.6.06

Hexa, pra quê?

Como diria o José Simão, “buemba! Buemba!”. Mas é isso mesmo: não faço a menor questão que o Brasil ganhe a Copa do Mundo. Sei que os meus motivos podem parecer estúpidos frente à Grande Alegria que essa vitória representa para o Povo Brasileiro. Dane-se. Prefiro que o Brasil me proporcione outros tipos de alegria.

Eu não ligo se o Brasil perder a Copa porque:

1) já está perdendo a graça. Se a gente ganhar essa, não vai mais ter aquela emoção gostosa de torcer, a sensação do perigo de perder;

2) em time que está ganhando não se mexe. Ou seja, só se a gente perder é que as coisas vão mudar um pouco no futebol brasileiro. Chance para outros jogadores, diminuição da exposição insuportável dos mesmos craques na mídia, mais preocupação com o esporte e menos com os egos;

3) esse ano tem eleição. E se o Brasil ganhar a Copa, o país vai ficar anestesiado por meses. Ninguém vai dar bola para as falcatruas dos candidatos. Já se perdermos, o povo inteiro vai estar p... da vida. Com mais raiva, talvez as pessoas tenham olhos mais críticos durante as eleições e não dêem tanta moleza para os políticos;

4) as campanhas publicitárias já andam insuportáveis. Com o Brasil hexacampeão, vai ser impossível ligar a TV. Serão breaks e mais breaks repletos de comerciais ridículos e oportunistas sobre a vitória.

Perder uma copinha só não vai fazer mal. Acho que é até saudável, estimulante e educativo. Mas, se for pra perder mesmo, que seja na semi-final. Assim ainda dá tempo de curtir mais um pouquinho!

5.6.06

Brigadeiro de microondas

Receita ideal para um domingo chuvoso: brigadeiro de microondas, para comer de colher, deitada no sofá, assistindo a qualquer uma das porcarias que passam na TV nesse dia.

Ingredientes:
- 1 lata ou caixinha de leite condensado
- 1 colher de sobremesa de manteiga ou margarina
- 2 colheres de sopa de chocolate em pó

Eu prefiro chocolate ao nescau ou similares porque os achocolatados têm açúcar, deixando o brigadeiro ainda mais doce. Também coloco um pouquinho de leite, para ficar mais suave.

Modo de preparo:
Misture tudo em um refratário alto (se for baixo, o brigadeiro vaza dentro do microondas...) e coloque no micro na potência alta, programando 7 minutos. De 2 em 2 minutos, tire o refratário e mexa a mistura. Se colocar leite, talvez precise de mais 1 minuto. Por volta dos 5 minutos, está no ponto para recheio ou cobertura de bolo.

Para completar, é só comer sem culpa!

8.5.06

iMeus

Com meu iBook, meu iDog e meu iLove, não preciso de mais nada nessa vida.

17.4.06

Ah, a família...

Família é uma coisa engraçada. Quando era criança, adorava os tios, os primos, as reuniões. Mais tarde, na adolescência, família pra mim era programa de índio a ser evitado a todo custo, exceto se houvesse alguma chance de alguém interessante para paquerar. Foram anos longe dos parentes adultos.

Hoje, a família volta a ser importante. Os rituais de Natal e Páscoa, por exemplo, parecem exigir a presença dela. Uma família fragmentada, que quase nunca consegue se reunir inteira. Nem o núcleo principal, muito menos a galera toda. E aí a gente vai tentando juntar os caquinhos, tentando se reconciliar com um novo formato, para manter a tradição.

Nesta Páscoa, fiquei feliz de conseguir um pouco disso. Almoço com pai, café da tarde com avó, domingo com mãe, sogra, irmão, cunhada. E, para coroar, enquanto eu tricotava, ela resgatava um bordado, abandonado há muitos anos. Foi um belo feriado em família, ou em famílias. Mesmo meio bagunçada, ainda bem que ela existe.

30.3.06

No pódio

Saiu a lista de finalistas do Prêmio ABEMD de Marketing Direto. A GreyZest Direct tem três indicados. Um deles é cria minha também: Campanha Nacional de Combate à Dengue. Pelo menos o bronze tá garantido!

Veja a lista completa aqui.

28.3.06

(...)

Que falta de assunto...

16.3.06

É um complô, é?

'Mulheres servem para criar filhos, nao para criar anuncios'

Pelo jeito, o desemprego para nós vai chegar em menos de 10 anos.

Mais uma do Blue Bus de hoje, leia aqui.

Vou fazer cursinho pra tentar passar em Medicina

Nota no Blue Bus hoje (www.bluebus.com.br).

Criativos e blogueiros deixam de existir em 10 anos (hein?)
15:04 A revista FastCompany listou 6 profissoes que acha que nao existirao mais em 10 anos. Incluiu os blogueiros e os publicitários de criaçao - junto com os mecânicos de automoveis. Dica do Gawker. 16/03 BBI

14.3.06

O texto seria cômico, se o assunto não fosse trágico...

"Para onde estamos indo?", de Tatá Vaz, publicado no www.paraiba.com.br.

Sobre o Google e sobre cruzeiros marítimos

Hoje, não é exagero dizer que a gente vive em função do Google. Tem o buscador, Orkut e outras ferramentas que vão fazer parte da nossa vida, cada vez mais. O Google é tema de um especial no Digestivo, e esta é a minha contribuição.

No Digestivo, também tem uma coluna minha sobre o cruzeiro que eu fiz em fevereiro. Engraçado, eu conto as coisas das quais não gostei, daí algumas pessoas comentaram que adoraram essas coisas, e então percebo que as pessoas que adoraram têm justamente aquele perfil que me desagradou no navio. Prova de que não foi implicância minha...

7.3.06

Limitações

No ambiente corporativo, a gente aprende sempre que precisa superar nossos limites, a qualquer custo. Aliás, reconhecer que se tem limites não é uma boa idéia.

Aí vem minha professora de yoga e fala: "posturas mais difíceis normalmente nos fazem ter contato com nossas limitações. É preciso aprender a lidar com elas".

Nada de superar ou ignorar limitações. Apenas reconhecê-las e aprender com elas.

Não que a gente não faça um esforcinho para superar aquela limitação. Fazemos sim. Mas só o fato de você ter permissão para ser limitada em algum aspecto já dá um grande alívio. E aí, vem a tranquilidade para poder tentar ir um pouquinho mais além. Esticar um pouco mais o joelho, elevar um pouco mais a perna, fazer um pouco mais de força.

Quando eu conseguir transpor isso para o dia-a-dia, vai ser maravilhoso.

3.3.06

Ó quanto riso, ó quanta alegria??? Hahahaha!!!

Só depois que o carnaval passou é que fui lembrar desta história, que aconteceu em um carnaval. Talvez tenha sido o pior da minha vida. Uma das dores mais doídas, quiçá a primeira vez que fiquei muito, mas muito triste.

Fui para a praia com o fulano, que não era mais meu namorado, mas mesmo assim eu adorava ele, e por isso aceitei ser rebaixada de primeira-dama para cortesã. Ele ia ficar na casa do amigo em Matinhos, e eu com minha mãe em Guaratuba. Ele prometeu ir me visitar.

Passou o sábado, passou o domingo, e nada dele. Acabei conhecendo um outro menino, muito legal. Ele queria ficar comigo, eu só pensava no outro, mas estava com sede de vingança. Foi daí que eu aprendi que se você quer se vingar, precisa segurar a onda. Até pra ser malvada é preciso ser forte.

Fui de mãos dadas com meu novo amigo para o carnaval de rua. Ele estava com frio e acabei emprestando o agasalho que meu ex havia me dado de aniversário. Quando a merda tem potencial para ser grande, ela fica enorme. A rua estava cheia, mas de repente a multidão se afastou como as águas do Mar Vermelho. E do outro lado, bem na minha frente, estava o meu ex.

Ele ficou puto comigo e eu me desesperei. Mesmo sabendo que ele merecia minha "traição", não consegui segurar a barra. Rolava no meio da rua de tanto chorar e pedir para ele me perdoar.

Ele não me perdoou, meu carnaval acabou e eu voltei para Curitiba com o coração aos pedaços, debaixo de muita chuva. Lembro até hoje de encostar a cabeça no vidro do ônibus, repleto de gotinhas, e sentir muita pena de mim mesmo.

Mas tudo passa, né? Ainda bem.

PublicitárioT eT padeiroT

Tem certos atendimentos que não sabem fazer um briefing, mas acabam inspirando bons posts...

2.3.06

Diversão: desculpa para estupidez

Eu gosto de carnaval. Não sou daquelas foliãs alucinadas, mas pularia umas horinhas de samba ou marchinha. Um bom carnaval, porém, nem precisa ser assim. Se tiver praia e cerveja, já está óóótemo.

Tem gente que gosta mesmo é da bagunça. Da folia. Da descontração. Da diversão. Também acho óóótemo. As pessoas devem se divertir. Mas se você for ver, muito do conceito de "diversão" passa por incomodar os outros. Ou seja: fazer folia sem perturbar o sossego alheio não tem graça. Portanto, mesmo sem ter o mínimo de vontade, você acaba sendo um componente fundamental da diversão de outrem.

Jogar aquelas espuminhas nojentas, por exemplo. Só tem graça se for em alguém que esteja bem limpinho e sequinho, se escondendo dos malditos sprays como se contivessem ácido sulfúrico.

A música também é um componente importantíssimo da diversão no carnaval. Quanto mais abjeta for, mais alto estará tocando. Ouvir um desses "sucessos" no walkman (sorry, no iPod…), de você para você mesmo, não é divertido. Bom mesmo é alugar o ouvido de todo mundo tocando uma música horrorosa beeeem alta.

E ai de você se reclamar! Não gosta de receber espuminhas na cara? É mau-humorado! Se irrita com funk tocando nas alturas? Tá ficando velho!

É, pode até ser… No entanto, se respeito e boa educação tivessem a ver com idade, não haveria tantos pais e mães estúpidos procriando monstrinhos por aí.

22.2.06

100 metros rasos atrás de cachorro

Hoje, pra alguma coisa chamar a atenção, tem que ser diferente. Por isso, pensei em uma nova modalidade esportiva feminina: 100 metros rasos atrás de cachorro. Provavelmente vai atrair muitos patrocinadores, pois reúne dois dos argumentos mais utilizados nas propagandas: mulheres e cães.

Podem competir somente mulheres que possuem cachorrinhos pequenos de raça, daqueles bem bobos e com o instinto animal, original de fábrica, completamente neutralizado. A prova consiste no seguinte: as mulheres se posicionam na pista de corrida, que deve ser uma rua que cruze uma avenida bem grande e perigosa, por onde passam ônibus e carros em alta velocidade.

As mulheres ficam alinhadas nesta rua, atrás de uma porteira. Quando estiverem prontas, seus cachorrinhos bobinhos são soltos em direção à grande avenida. Nisso, as porteiras se abrem e as mulheres podem correr atrás dos bichinhos. Quem conseguir salvar o seu primeiro, ganha.

Tive a inspiração para esta nova modalidade esportiva hoje de manhã, quando ajudei uma mulher desesperada a correr atrás de seu beagle fujão. Nem pensei duas vezes em ser solidária: se meu bebê fugisse, eu também me descabelaria atrás dele.

No final, deu tudo certo: a histérica pegou o beagle e eu nem torci o tornozelo, mesmo correndo ladeira abaixo de sandália plataforma.

21.2.06

U2 e Rolling Stones: eu não fui

Tem gente que discorda dessa euforia toda em cima dos shows dos Stones e do U2. Acho a opinião polêmica e exagerada, mas ainda bem que tem alguém que vai contra a corrente.

Eu não fui. Não ficaria horas plantada na praia para conseguir um bom lugar no show do Rolling Stones, também não ficaria horas em uma fila para comprar um ingresso caríssimo para o show do U2. Mas talvez eu não saiba o que é ser uma fã desesperada. Graças a Deus.

Tem muita gente que vai só para dizer que foi. Porque não suporta ficar de fora de nada. Que não se garante com suas opiniões. Que precisa cumprir uma lista de coisas para ver, fazer e gostar, como uma gincana para parecer cool.

Eu sei o que é isso. Acontece principalmente na adolescência, mas podem haver recaídas na vida adulta. Eu quase desisti do show do Pearl Jam em novembro do ano passado. Estava caro, eu já tinha gastado dinheiro em outras coisas. Mas pensei: será que eu não vou me arrepender no dia seguinte?

Ainda bem que eu fui.

17.2.06

Você sabe que está ficando velha quando…

Receber um elogio logo cedo já garante 50% de um dia feliz. Felicidade que está relacionada à apreciação positiva dos seus atributos físicos ou mentais.

1) Por exemplo, quando uma colega de trabalho admira o brilho do seu cabelo.

2) Quando um operário da construção civil emite sons de aprovação pela sua constituição corporal.

3) Ou quando o chefe reconhece publicamente que boa parte do sucesso de tal projeto deve-se aos seus talentos.

Mas o elogio que me fez feliz hoje não teve nada a ver com estes. Me peguei sorrindo e saltitando depois de a médica olhar atentamente os exames e dizer com um tom de aprovação:

"puxa, seu colesterol HDL está excelente!"

16.2.06

What a f...

Palavrões. Eu adooooro falar palavrão! Hoje escrevi 2 comentários: um com "caralho" e outro com "merda".

Pena que isso não faz bem pra minha imagem...

Salada que vale por um bifinho

Minha relação com saladas é recente. Eu gosto, mas normalmente prefiro que seja acompanhamento, e não prato principal.

Até eu descobrir a salada Atum Contemporâneo do Chef Vergé.

Ela tem folhas verdes, atum ralado, palmito, croutons e queijo parmesão. É uma verdadeira refeição, dá pra aguentar uma tarde inteirinha de trabalho depois.

Com certeza não deve ser light, porque é muito gostosa. E eu li em algum lugar que esse palmito "permitido" é beeem calórico.

Sugiro pedir sem o molho mostarda: além de muito ácido, as folhas menores e os croutons que vão para o fundo do prato ficam empapados. Arghh!

Lição do dia: não subestime as pessoas

Você acha que a pessoa é de tal jeito e que você sabe mais do que ela.
Aí você vai lá e tenta justamente isso: mostrar que conhece aquilo que ela ignora.
Mais tarde, você fica sabendo que ela sabe muito mais daquilo sobre você.
Aí você faz um post no blog pra se punir e pra lembrar de nunca mais ter pré-conceitos.

3.2.06

Eu fui prá lá de navio

Duas coisas sempre me fascinaram na vida: mar e trens. Tive a felicidade de passar todas as minhas férias de infância em alguma praia. Às vezes até 30 dias direto. Mar de manhã, soninho à tarde, depois pão ou sonho fresco que aqueles moços vendiam em suas cestas de vime apoiadas nos bancos traseiros das bicicletas barra-forte.

E os trens eu via quando visitava a Dona Francisca em Guajuvira, às margens do Rio Iguaçu. Tomávamos café com bolo na sala da casa de madeira e lá pelas 4 ou 5 horas o trem passava. Corríamos para a janela e contávamos os vagões. Muito tempo depois, um desses trens descarrilhou e incendiou metade de Guajuvira, inclusive a casa da Dona Francisca. Ela só foi morrer mais tarde, ainda bem que não por culpa do trem que eu tanto gostava.

Esses dias vi um programa na TV sobre o Rio Tietê. Como ele é limpo e imponente depois de São Paulo! A certa altura, lá estavam o trem e a água, que não era de mar, mas era água. E na água uma grande barcaça, carregando o equivalente a 83 carretas!!! Trens chegando e descarregando grãos na barcaça, barcaça seguindo pelo rio, rio que lembra mar. E assim estou de volta ao mar. Dessa vez, em alto mar. Já andei de bicicleta, já andei de trem, já andei de avião. Agora, vou andar de navio.

30.1.06

Aonde nos levam as pápricas

Depois de algum tempo, resolvi colocar "Paprica Picante" no Google para ver o que ele me dizia. Não é que aparecemos em terceiro lugar? Da primeira vez em que dei essa busca, o blog aparecia no final da segunda página. Alguns dias depois, nem aparecia mais. Ficou semanas assim. E agora, estamos lá em cima no ranking. Yes!

Bem, grande coisa para quem não queria divulgar o blog. Para quem não dá nome ao filho mas também não permanece completamente anônima. Deixa prá lá, vou curtir meu lugar ao sol, ou melhor, meu lugar ao Google.

Ok, o link aparece quando alguém digita "Páprica Picante". Essa pessoa provavelmente vai atrás de receitas, não de textos. O Google não descobriu ainda, mas o blog é irrelevante para esta busca. Será que o aficcionado por temperos tem curiosidade em saber qual o sabor dos textos deste "Páprica"?

23.1.06

Cada um na sua, mas com alguma coisa em comum

- Eu não quero ir de avião.

- Mas porque? É muito mais rápido, mais chique, a gente encontra os artistas da Globo!

- Não quero saber, prefiro ficar horas na estrada. Prefiro mil vezes ir de ônibus e sentar ao lado de uma criança comendo miliopã do que viajar de avião com o Marcelo Antony.

- Arghhh! Mas que medo ridículo é esse? Você sabia que morrem mais pessoas de acidente de carr…

- … do que de acidentes aéreos? Já sabia sim. Aliás, estatística de avião é comigo mesmo. É só perguntar!

- Então, menina, é só racionalizar.

- Ana, se fosse racional eu não tava aqui discutindo com você. Já esqueceu que eu sou a que pensa por aqui?

- Hummm, adianta muito ser tããããão inteligente e não ter coragem nem de chegar perto de um avião…

- Pois saiba que os fóbicos normalmente são pessoas muito bem-sucedidas profissionalmente, com Q.I. acima do normal.

- Tá bom, tá bom! Medo do que você tem, especificamente?

- De morrer, oras! De cair lá de cima, de sentir aquela dor no peito que eu sinto quando tenho pesadelo com queda, de me espatifar no chão.

- Mas quando o avião cai, as pessoas morrem antes dele bater no solo.

- Ah, então tá tudo bem! Puxa, se você não tivesse me dado essa informação eu nunca ia perder o medo de me espatifar! Ok, pode continuar, falta só o de cair e o de morrer.

- Todos nós vamos morrer um dia. "Do pó vieste, ao pó voltarás".

- Brigada, prefiro morrer de outra coisa.

- A gente não tem escolha.

- Eu sei. Mas prefiro diminuir as chances de que a minha morte seja por desastre aéreo.

- Imagina, não fica pensando nisso. Viva com desapego! Aliás, você já teve tanta coisa boa na vida!

- Ah, tá, e por isso acabou a minha cota, é? De jeito nenhum! Ainda não conheci o canyon do Guartelá, não comi lagosta a termidor, não fiz sexo tântrico…

- Olha, tá difícil, viu? Você é quem sabe. Mas eu é que não vou de ônibus. Cada uma vai por si e a gente se encontra lá.

- Valeu o apoio, amiga da onça…

- Bem, eu vou indo. Preciso passar na agência, reservar o hotel e comprar a passagem. A gente se fala depois pra comb…. AHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!! SOCORRO!!!!!!!

- O que é que foi?

- TEM UMA ARANHA NA PORTA!!!!!!

- Mas é só um inseto, ela deve ter mais medo de você, com essa bocarra aberta e esse cabelo arrepiado, do que você dela.

- TIRA ELA DAQUI!!!

- Tira você, Ana. Dá uma chinelada nela.

- EU TENHO PAVOOOOR DE ARANHA!

- Ana, seja racional, ela não vai pular em você. Sabe que, estatisticamente, é muito mais fácil você morrer intoxicada com rímel do que picada por uma aranha?

18.1.06

As garotas desfilando, os rapazes a beber

Ela faz aniversário hoje e está treinando a redação publicitária no convite. Dá pra ver que a moça tem talento! Então, vamos desfilar e beber no James?
Um post no blog serve de sustituto para um testimonial no Orkut? Te adoro!
Parabéns, Patinha!

16.1.06

Gentileza

Estou muito orgulhosa de mim mesma.

Hoje fui educada com todas as pessoas que me serviram, no shopping e na loja. Fiz meus pedidos em voz baixa. Pedi por favor a todas. Agradeci mais vezes do que precisava. Abri um sorriso mesmo quando não me deram desconto. Fui gentil quando me olharam com cara de parvos. Deixei um casal passar na minha frente na escada rolante. Não olhei feio para o homem que grudou atrás de mim no caixa eletrônico. Não devolvi o prato apesar de terem colocado vinagre na minha salada.

Será que é culpa das botucas da Graciosa? Ou das águas do Nhundiaquara?

5.1.06

Férias: Curitiba não morreu, mas está no modo econômico

Você percebe que Curitiba está um pouco menos provinciana porque encontra bares abertos mesmo nos primeiros dias depois das festas de final de ano. Ainda estamos na primeira semana de 2006 e, felizmente, é possível encontrar alguns lugares dispostos a alegrar a vida daqueles que não fazem parte da massa que passa janeiro inteiro em Caiobá.

Mesmo assim, a cidade está agradavelmente vazia. O trânsito é ótimo. Dá para passear com relativa tranquilidade no final da tarde no Parque Barigui (e olha que, nessas alturas, ele é a praia de quem precisa ficar por aqui trabalhando). Mas o melhor é a rádio. Os anunciantes permanecem com a visão tacanha de que no começo do ano tudo pára, não vale a pena fazer comunicação. Como se as pessoas deixassem de comprar nessa época...

Como "pessoa física", fiquei feliz em poder curtir vários clássicos do rock, um em seguida do outro, sem intervalos comerciais para atrapalhar. Mas como publicitária, fiquei pensando em um monte de coisas que as empresas, restaurantes e cinemas poderiam estar fazendo para incentivar quem ficou na cidade a gastar com eles.

Mesmo quem não está de férias do trabalho, provavelmente esteja dando um tempo das outras atividades - faculdade, cursos, academia. Essas pessoas querem algo para fazer. Querem aproveitar as férias, mesmo que sejam meias-férias e que sejam passadas na cidade. E ninguém se tocou disso ainda?

Nessas horas, a gente vê que, em termos de mercado publicitário, Curitiba ainda é uma quitanda.

P.S.: a comparação mercado-quitanda não é minha, mas é óóóótima, né?

Blogs também têm personalidade. Qual é a do seu?

Your Blogging Type Is the Private Performer

Your blog is your stage - with your visitors your adoring fans.
At least, that's how you write with your witty one liners.
And while you like attention, you value your privacy.
You're likely to have an anonymous blog - or turn off comments.

4.1.06

Coisas que aprendi na praia

Três cervejas por pessoa é insuficiente.

Um belo bronzeado deixa bonita até a mais desprezível das barrigas.

Quatro Ilhas é muito melhor que Mariscal.

10 quilos de marisco é muito para 7 pessoas.

1,7 quilos de camarão é pouco para 8 pessoas.

Os homens de sunga azul são os mais bonitos da praia.

Arroz de alho com pirão de peixe é muuuito bãããoooo!!!