Duas coisas sempre me fascinaram na vida: mar e trens. Tive a felicidade de passar todas as minhas férias de infância em alguma praia. Às vezes até 30 dias direto. Mar de manhã, soninho à tarde, depois pão ou sonho fresco que aqueles moços vendiam em suas cestas de vime apoiadas nos bancos traseiros das bicicletas barra-forte.
E os trens eu via quando visitava a Dona Francisca em Guajuvira, às margens do Rio Iguaçu. Tomávamos café com bolo na sala da casa de madeira e lá pelas 4 ou 5 horas o trem passava. Corríamos para a janela e contávamos os vagões. Muito tempo depois, um desses trens descarrilhou e incendiou metade de Guajuvira, inclusive a casa da Dona Francisca. Ela só foi morrer mais tarde, ainda bem que não por culpa do trem que eu tanto gostava.
Esses dias vi um programa na TV sobre o Rio Tietê. Como ele é limpo e imponente depois de São Paulo! A certa altura, lá estavam o trem e a água, que não era de mar, mas era água. E na água uma grande barcaça, carregando o equivalente a 83 carretas!!! Trens chegando e descarregando grãos na barcaça, barcaça seguindo pelo rio, rio que lembra mar. E assim estou de volta ao mar. Dessa vez, em alto mar. Já andei de bicicleta, já andei de trem, já andei de avião. Agora, vou andar de navio.
3.2.06
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Um comentário:
Nunca andei de navio, mas já andei de barca, jangada, barquinho e prancha :P
Espero que curta bastante a viagem. :)
Beijo!
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