31.1.08

Arrumem as calçadas que eu quero passear

Existe uma campanha para as pessoas andarem mais de ônibus, ou de outro tipo de transporte coletivo, e deixarem o carro em casa. Quem anda de ônibus, também anda mais a pé. Atravessar ruas, andar por calçadas. Às vezes uma ou duas quadras, quem sabe mais.

Eu, quando pego ônibus, preciso andar nove quadras. Até que não é ruim. Só descida, a rua é bacana, com prédios interessantes, comércio variado e todo um charme de rua tradicional. O único problema são as calçadas. Na verdade, elas só são um problema quando não estou de tênis, ou de bota.

Mas quantas mulheres que possuem carro vão trabalhar de tênis ou bota? Com certeza, boa parte delas usa salto, mesmo que baixinho. E se você reparar, os saltos de hoje são terríveis.

O problema não é a altura, e sim o formato. Eles têm a ponta bem mais afunilada, terminando em uma plaquinha de plástico, pregada no salto. E a tal da plaquinha vive ficando presa entre os paralelepípedos e os petit-pavés. Então, quando você levanta o pé e parte do sapato fica presa na calçada, dá aquele arrependimento. Entra no carro quase na porta de casa, desce quase na porta do elevador. Só pisos planos, sem armadilhas.

Vai parecer futilidade, mas é sério. Para as pessoas deixarem o carro em casa, não é só o transporte coletivo que precisa melhorar. As calçadas também. Para que as mulheres não percam os saltos, para que as velhinhas não tropecem, para que a gente possa andar de cabeça reta, olhando a paisagem, e não como um cão perdigueiro caçando buracos e pedras soltas.

3 comentários:

Nina disse...

discordo. não existe carro na porta de casa que me faça trocar o tênis pelo salto.

Adriana Baggio disse...

a uma pessoa como você, a Imelda Marcos do All Star, saltos não fazem a mínima diferença. :)

Anônimo disse...

Olá, sou do site www.vilamulher.com.br, gostaria de falar contigo, me escreva karina@e-midia.com
bjs