22.2.06

100 metros rasos atrás de cachorro

Hoje, pra alguma coisa chamar a atenção, tem que ser diferente. Por isso, pensei em uma nova modalidade esportiva feminina: 100 metros rasos atrás de cachorro. Provavelmente vai atrair muitos patrocinadores, pois reúne dois dos argumentos mais utilizados nas propagandas: mulheres e cães.

Podem competir somente mulheres que possuem cachorrinhos pequenos de raça, daqueles bem bobos e com o instinto animal, original de fábrica, completamente neutralizado. A prova consiste no seguinte: as mulheres se posicionam na pista de corrida, que deve ser uma rua que cruze uma avenida bem grande e perigosa, por onde passam ônibus e carros em alta velocidade.

As mulheres ficam alinhadas nesta rua, atrás de uma porteira. Quando estiverem prontas, seus cachorrinhos bobinhos são soltos em direção à grande avenida. Nisso, as porteiras se abrem e as mulheres podem correr atrás dos bichinhos. Quem conseguir salvar o seu primeiro, ganha.

Tive a inspiração para esta nova modalidade esportiva hoje de manhã, quando ajudei uma mulher desesperada a correr atrás de seu beagle fujão. Nem pensei duas vezes em ser solidária: se meu bebê fugisse, eu também me descabelaria atrás dele.

No final, deu tudo certo: a histérica pegou o beagle e eu nem torci o tornozelo, mesmo correndo ladeira abaixo de sandália plataforma.

21.2.06

U2 e Rolling Stones: eu não fui

Tem gente que discorda dessa euforia toda em cima dos shows dos Stones e do U2. Acho a opinião polêmica e exagerada, mas ainda bem que tem alguém que vai contra a corrente.

Eu não fui. Não ficaria horas plantada na praia para conseguir um bom lugar no show do Rolling Stones, também não ficaria horas em uma fila para comprar um ingresso caríssimo para o show do U2. Mas talvez eu não saiba o que é ser uma fã desesperada. Graças a Deus.

Tem muita gente que vai só para dizer que foi. Porque não suporta ficar de fora de nada. Que não se garante com suas opiniões. Que precisa cumprir uma lista de coisas para ver, fazer e gostar, como uma gincana para parecer cool.

Eu sei o que é isso. Acontece principalmente na adolescência, mas podem haver recaídas na vida adulta. Eu quase desisti do show do Pearl Jam em novembro do ano passado. Estava caro, eu já tinha gastado dinheiro em outras coisas. Mas pensei: será que eu não vou me arrepender no dia seguinte?

Ainda bem que eu fui.

17.2.06

Você sabe que está ficando velha quando…

Receber um elogio logo cedo já garante 50% de um dia feliz. Felicidade que está relacionada à apreciação positiva dos seus atributos físicos ou mentais.

1) Por exemplo, quando uma colega de trabalho admira o brilho do seu cabelo.

2) Quando um operário da construção civil emite sons de aprovação pela sua constituição corporal.

3) Ou quando o chefe reconhece publicamente que boa parte do sucesso de tal projeto deve-se aos seus talentos.

Mas o elogio que me fez feliz hoje não teve nada a ver com estes. Me peguei sorrindo e saltitando depois de a médica olhar atentamente os exames e dizer com um tom de aprovação:

"puxa, seu colesterol HDL está excelente!"

16.2.06

What a f...

Palavrões. Eu adooooro falar palavrão! Hoje escrevi 2 comentários: um com "caralho" e outro com "merda".

Pena que isso não faz bem pra minha imagem...

Salada que vale por um bifinho

Minha relação com saladas é recente. Eu gosto, mas normalmente prefiro que seja acompanhamento, e não prato principal.

Até eu descobrir a salada Atum Contemporâneo do Chef Vergé.

Ela tem folhas verdes, atum ralado, palmito, croutons e queijo parmesão. É uma verdadeira refeição, dá pra aguentar uma tarde inteirinha de trabalho depois.

Com certeza não deve ser light, porque é muito gostosa. E eu li em algum lugar que esse palmito "permitido" é beeem calórico.

Sugiro pedir sem o molho mostarda: além de muito ácido, as folhas menores e os croutons que vão para o fundo do prato ficam empapados. Arghh!

Lição do dia: não subestime as pessoas

Você acha que a pessoa é de tal jeito e que você sabe mais do que ela.
Aí você vai lá e tenta justamente isso: mostrar que conhece aquilo que ela ignora.
Mais tarde, você fica sabendo que ela sabe muito mais daquilo sobre você.
Aí você faz um post no blog pra se punir e pra lembrar de nunca mais ter pré-conceitos.

3.2.06

Eu fui prá lá de navio

Duas coisas sempre me fascinaram na vida: mar e trens. Tive a felicidade de passar todas as minhas férias de infância em alguma praia. Às vezes até 30 dias direto. Mar de manhã, soninho à tarde, depois pão ou sonho fresco que aqueles moços vendiam em suas cestas de vime apoiadas nos bancos traseiros das bicicletas barra-forte.

E os trens eu via quando visitava a Dona Francisca em Guajuvira, às margens do Rio Iguaçu. Tomávamos café com bolo na sala da casa de madeira e lá pelas 4 ou 5 horas o trem passava. Corríamos para a janela e contávamos os vagões. Muito tempo depois, um desses trens descarrilhou e incendiou metade de Guajuvira, inclusive a casa da Dona Francisca. Ela só foi morrer mais tarde, ainda bem que não por culpa do trem que eu tanto gostava.

Esses dias vi um programa na TV sobre o Rio Tietê. Como ele é limpo e imponente depois de São Paulo! A certa altura, lá estavam o trem e a água, que não era de mar, mas era água. E na água uma grande barcaça, carregando o equivalente a 83 carretas!!! Trens chegando e descarregando grãos na barcaça, barcaça seguindo pelo rio, rio que lembra mar. E assim estou de volta ao mar. Dessa vez, em alto mar. Já andei de bicicleta, já andei de trem, já andei de avião. Agora, vou andar de navio.